sexta-feira, 20 de março de 2015

Exposição constante a telas de computador gera sintomas de vista cansada em jovens

Oftalmologistas notam aumento na busca por assistência devido ao uso frequente de celulares, tablets e afins

Os brasileiros passam em média 29,7 horas por mês online, diante de telas de computadores. Mas este número leva em conta milhões de habitantes, muitos com pouco acesso à rede e, na outra ponta, pessoas que ficam oito horas por dia, ou até mais, mergulhadas na web. Entre estas, há internautas como Tayara Causanilhas, que chega a passar mais de 12 horas diárias com os olhos vidrados em telas luminosas de smartphones ou desktops. Há seis meses, ela começou a sentir dores de cabeça frequentes e ardência nos olhos. Depois de uma consulta no oftalmologista, veio o diagnóstico: com apenas 18 anos, a estudante estava com a vista cansada.

Tayara é exemplo de uma tendência percebida nos consultórios. Não há pesquisas científicas, mas oftalmologistas confirmam que há uma quantidade crescente de jovens procurando assistência médica devido a incômodos causados pela longa exposição a telas de celulares, tablets e afins. Em alguns casos, não se trata necessariamente de vista cansada, um mal historicamente mais comum em pessoas de meia idade.

Mas esse contato diário também faz o usuário de tecnologia perceber mais facilmente sintomas que evidenciam outros problemas de visão, como ocorreu com Guilherme Roque, de 25 anos. O analista de marketing passa cerca de dez horas por dia no trabalho diante de um computador e outras mais no Whatsapp, no celular. Depois de sentir fortes dores de cabeça, ele descobriu que tem astigmatismo. Hoje, usa óculos e toma alguns cuidados para evitar a vista cansada. Os problemas são causados principalmente pelo excesso de concentração, a luminosidade exacerbada e o fato de se piscar menos diante da tela.

O aumento no número de jovens nos consultórios reclamando de vista cansada tem aumentado. Obviamente, isso varia muito entre as pessoas. Tem gente com poder de foco maior que os outros. Não é uma realidade para todos. Os jovens deixaram de se entreter fora de casa e, agora, estão no smartphone o tempo todo, ficam mais de dez horas por dia em frente a esses aparelhos. Os pais entregam o tablet na mão da criança. Temos que fazer um uso mais moderado desses aparelhos.

Esse tipo de reclamação motivada pelo uso do computador está sendo cada vez mais frequente. Essa realidade não trará doenças, mas pode provocar sintomas no dia a dia, como desconforto ocular, dor de cabeça, ardência e dores nos olhos, em decorrência do uso excessivo do músculo ocular.

A presbiopia, ou vista cansada, é a falha no processo de acomodação do cristalino, provocando perda de visão para perto. Isso ocorre, normalmente, depois dos 40 anos, podendo chegar mais cedo para o sexo feminino.

Tayara ficou surpresa com o diagnóstico de “princípio de vista cansada”. Ela ainda não trabalha, mas passa o dia todo no smartphone, usando o Whatsapp e fazendo pesquisas escolares. Pode até parecer uma recomendação utópica para os mais assíduos do universo digital, mas oftalmologistas dizem que é preciso descansar os olhos durante 10 minutos a cada hora diante do computador, para não forçar a convergência ocular por muito tempo. Se mesmo com essas medidas simple os incômodos persistirem, um especialista deve ser consultado.


Fonte: O Globo 

sexta-feira, 13 de março de 2015

Nova lei impede compra de óculos de grau sem receita


De acordo com decreto federal de 1934, somente aos médicos cabe a tarefa de indicar o uso de lentes corretivas mediante exame de acuidade visual. O Conselho Federal de Medicina (CFM) respondendo a uma consulta da Promotoria de Justiça dos Direitos da Saúde da Comarca de João Pessoa, PB, reforçou este posicionamento, aprovando parecer, em agosto, confirmando a adaptação de lentes de contato como um procedimento exclusivo do médico, pois requer para a sua realização, conhecimentos de anatomia, fisiologia, patologia, indicações e contra-indicações. Para seu perfeito diagnóstico é necessária a realização de exames médicos especializados e acompanhamento contínuo. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também baixou resolução
RDC 44/09 que proíbe o comércio de lentes de grau nas farmácias, exceto quando não houver no município estabelecimento específico para esse fim. 

Independentemente da questão comercial, o consumidor deve estar atento às diferenças no tipo de atendimento prestado por um oftalmologista e por um balconista de farmácia. Os consultórios oftalmológicos contam com equipamentos apropriados para avaliar detalhes do fundo do olho, como as condições de lubrificação e pressão corneana. Isso quer dizer que só os oftalmologistas conseguem prever, por exemplo, se um paciente terá dificuldade para se adaptar às lentes de contato. O oftalmologista também está apto a detectar outros tipos de problema de saúde durante o exame de rotina. É possível diagnosticar quando há condições para o desenvolvimento de doenças sistêmicas como diabetes e hipertensão
além de glaucoma, catarata e conjuntivite.

Os óculos vendidos prontos nas farmácias são contraindicados por muitas razões que podem prejudicar a saúde ocular: muitas vezes, as lentes vêm com irregularidades que distorcem a luz e podem agravar a presbiopia. Não há proteção contra raios ultravioleta nas lentes. Os óculos testados revelam uma variação de cerca de 5% em relação ao grau divulgado. Produzidos em tamanhos padronizados, os aros dificilmente conseguem deixar o centro óptico da lente alinhado com os olhos e, finalmente, a maioria, é montada em armações de plástico pouco resistentes.

Os problemas oftalmológicos mais comuns na população, em geral, são os vícios de refração, cuja correção pode ser feita com óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa. Embora a maioria das pessoas possa usar lentes de contato, existem restrições quanto à idade, motivação, expectativa, condições psicológicas, além da presença de doenças oculares e sistêmicas. É muito importante salientar que as lentes de contato são corpos estranhos em íntimo contato com a córnea e que precisam ser adequadamente adaptadas. Seu uso deve ser controlado, pois o usuário está sempre sujeito a complicações, que vão desde conjuntivite a úlceras de córnea e até perda da visão.

Mesmo com o crescente progresso tecnológico das cirurgias refrativas, o número de usuários de lentes de contato vem aumentando continuamente, graças ao desenvolvimento de novos materiais e desenhos que as tornam mais seguras, confortáveis, duráveis e favoráveis à correção da maioria das ametropias. O sucesso do uso de lentes de contato requer a escolha de uma lente adequada e exige que o paciente tenha condições de adaptar-se ao uso, aderência e manuseio. O paciente deve ainda estar informado em relação à conservação, utilização, além de estar ciente do pronto acesso a cuidados especializados.

As determinações do CFM e da Anvisa reforçam que a adaptação de lentes de contato é um ato médico
um processo contínuo e dinâmico que exige, além de boa acuidade visual e conforto, a manutenção das condições fisiológicas do olho dentro de limites seguros. Esse controle requer amplo conhecimento oftalmológico, para selecionar, adaptar e orientar os candidatos quanto ao uso e à manutenção das lentes, além de prevenir e detectar os primeiros sinais de qualquer anormalidade ocular. Somente assim, será possível diminuir o crescente aparecimento de complicações pelo uso indevido de lentes de contato, aumentando a confiança de futuros usuários e o número de beneficiados por este tipo de correção óptica.


Fonte: UOL 

sexta-feira, 6 de março de 2015

Mapeamento da retina


Esse exame faz o detalhamento do fundo de olho, ou seja, de vasos, nervo óptico e retina central e periférica. Ele avalia detalhes da retina com maior resolução em relação à fundoscopia. Para isso, é utilizado o oftalmoscópio indireto, instrumento que permite a análise de todas essas estruturas. 
Usado para avaliar crianças com suspeitas de cicatrizes ou lesões tumorais, em adultos o exame é capaz de fazer a indicação de cirurgia refrativa (correção de miopia, hipermetropia ou astigmatismo) ou de catarata.
Com o OBI (oftalmoscópio binocular indireto), também é possível diagnosticar ou avaliar a evolução de doenças sistêmicas, como diabetes e hipertensão arterial. 

Antes do exame é necessário o uso de colírios que dilatam a pupila. É um procedimento indolor. 

domingo, 1 de março de 2015

Cirurgia a laser acaba com a dependência de óculos

Com a cirurgia a correção é alta, mas não chega a zerar miopia, astigmatismo ou hipermetropia

Dormir de óculos, entrar sob o chuveiro com as lentes e ver tudo embaçado ou pior: não consegue enxergar direito. Situações como essas são bem próximas do cotidiano de quem sofre com os problemas de visão mais comuns: hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto), miopia, (dificuldade para enxergar de longe) e astigmatismo (distorção das imagens).
Cada vez mais comuns, as cirurgias de correção a laser acabam com os inconvenientes. Mas, antes de se decidir, é preciso entender as diferenças entre os métodos e ter certeza de que um deles realmente vai funcionar no seu caso. A chance de sucesso é bastante alta, desde que o paciente seja avaliado por profissionais qualificados.

Veja a seguir algumas dúvidas frequentes sobre a cirurgia:

1. Quais os principais tipos de cirurgia refrativa a laser?

São dois os principais métodos de cirurgia de correção de gray a laser: Lasik e PRK. Existem outras opções de cirurgias refrativas no mercado, inclusive utilizando bisturis, mas o laser mostrou-se muito mais preciso e seguro.

2. Qual a diferença entre a cirurgia do método Lasik e PRK?

O método Lasik abre uma espécie de tampinha no globo ocular, trabalha direto na córnea e depois coloca essa tampa de volta. Já o PRK remove uma camada finíssima de células do olho, chamada epitélio, e faz o procedimento sem corte.

3. Quantos graus de miopia, astigmatismo e hipermetropia cada método é capaz de corrigir?

O método Lasik é capaz de corrigir até 12 graus de miopia, seis de hipermetropia e quatro de astigmatismo. Já o método PRK, corrige até quatro graus dos três problemas.

4. Quais os pré-requisitos para realizar a cirurgia?

O paciente deve ser maior de 18 anos, ter correção estável, ou seja, sem aumento de mais de meio grau no último ano ou um grau nos últimos dois anos e não apresentar doenças corneanas, como olhos seco. A cirurgia também não é recomendada para pacientes com doenças autoimunes e doenças sistêmicas, como o diabetes, pois o resultado final também depende da cicatrização. A mulher não pode estar grávida ou amamentando e a córnea deve ter uma espessura que permita a remoção de material sem prejudicá-la, o que é descoberto nos exames solicitados pelo oftalmologista. Por fim, o astigmatismo do paciente deve ser saudável ou benigno, ou seja, o formato irregular da córnea deve ser simétrico.

5. Qual tipo de anestesia utilizado em cada método?

O pré-operatório dos métodos é igual. O paciente recebe uma anestesia atópica, feita com gotinhas de colírio.

6. Quanto tempo dura a cirurgia pelos dois métodos?

O tempo de cirurgia depende do grau do paciente. Mas, em geral, leva cerca de 15 minutos e você pode ir para casa no mesmo dia.

7. Como é o pós-operatório de cada método?

A cirurgia feita pelo método PRK é mais desconfortável no início e apresenta uma recuperação visual mais demorada - a visão pode ficar embaçada até duas semanas após a cirurgia, com possibilidade dor nos primeiros três dias. Até por isso, o primeiro método é aplicado em duas sessões, com um olho operado de cada vez. No método Lasik, não há dor e o paciente consegue enxergar normalmente algumas horas depois do procedimento. A claridade incomoda nos dois ou três primeiros dias da cirurgia pelo método Lasik e pode irritar os olhos até três semanas depois da cirurgia feita pelo método PRK. Em ambos os casos, o problema pode ser resolvido com óculos escuros.
Já as recomendações pós-operatório são as mesmas: utilizar colírio antibiótico por cerca de três semanas e evitar qualquer atividade que possa causar algum trauma na região operada e não entrar em piscinas. A cirurgia também causa diminuição da produção de lágrimas entre três e seis meses após o procedimento. Por isso, pacientes que sentirem secura ocular nos dias que seguirem ao da cirurgia devem aplicar colírio lubrificante recomendado pelo médico.

8. Quais as possíveis complicações?

Toda cirurgia, por mais simples que seja, oferece algum risco de infecção. No caso da refrativa, a afirmação continua verdadeira, ainda que esse risco seja mínimo.

9. Como é o resultado?

Se o pré-operatório for feito por um profissional qualificado, a cirurgia permite que 98% dos pacientes atinjam uma visão boa o suficiente para obtenção de carteira de habilitação sem óculos um mês após o procedimento.

10. É possível fazer a mesma cirurgia mais de uma vez?

Até pode, mas médico e paciente devem avaliar se os riscos de uma nova intervenção valem a pena. Uma nova cirurgia só é indicada quando o grau residual do paciente não permite a convivência sem os óculos. Nos demais casos, ela não é recomendada por causa do desgaste realizado na córnea.

Fonte: Minha vida