A córnea é um tecido
transparente, localizado na porção mais anterior do olho e que, junto ao
cristalino, ajuda a focalizar as imagens na retina. Quando acometida, a córnea
afeta a qualidade da imagem projetada e compromete a visão.
Pessoas que perderam
a transparência ou a integridade anatômica da córnea poderão contar com uma
doação, feita exclusivamente por falecidos e sob a autorização familiar.
O transplante dura
em torno de uma hora e é considerado um procedimento ambulatorial, no qual o
paciente normalmente recebe alta hospitalar no mesmo dia. A recuperação da
visão é progressiva e individual, sendo necessário, na grande maioria dos
casos, o uso de recursos ópticos auxiliares, como óculos e lentes de contato
para adequada reabilitação visual.
Para ser doador, é necessário que o
interessado comunique previamente esse desejo à família, conforme determinação
da Lei de Transplantes. Podem doar todos que conservem córneas sadias, com
idade entre 3 anos e 80 anos e que tiveram morte encefálica ou por parada
cardíaca.
Pessoas com miopia,
hipermetropia, astigmatismo, catarata, glaucoma ou mesmo totalmente cegas, mas
com córneas saudáveis, podem ser doadores. Pacientes que enfrentaram algum tipo
de câncer (com exceção de leucemia, linfoma ou câncer no olho) também são
potenciais doadores.
Obedecendo a Lei de
Transplantes, a distribuição das córneas respeita a ordem da Lista Única de
Receptores, controlada com rigor pela Central de Transplantes e Secretaria de
Saúde de cada estado. Assim, não caberá a família do doador o poder de decisão
sobre quem será o respectivo receptor.
A Central de
Transplantes é a organização responsável pelo recebimento da notificação de
doação, captação e distribuição de córneas, entre outros órgãos e tecidos. O
transplante só pode ser realizado pelos estabelecimentos de saúde previamente
autorizados pelo Gestor Nacional do Ministério da Saúde.
FONTE: HOSPITAL SÃO PAULO.ORG e DOE CORNEAS.ORG
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