Você sabia que
gestantes que usam óculos podem ter o grau de sua lente aumentado ou
diminuído durante a gestação? E que não é incomum a grávida
começar a enxergar manchas pretas ou sofrer com a visão embaçada?
Pois é, as mesmas alterações hormonais que fazem inchar, enjoar e
mudar de humor são também responsáveis por provocar condições
físicas capazes de causar de um simples desconforto nos olhos até
um sério comprometimento da visão da criança em formação. Por
isso, é preciso atenção ao menor sinal de sintomas. Abaixo,
confira alguns problemas que podem afetar a visão da grávida e como
se prevenir de maneira eficiente.
Olhos secos
Coceira, vermelhidão,
sensibilidade à luz, sensação de que há areia ou cisco dentro dos
olhos. É possível que, ao longo da gestação, a mulher sofra com
alguns desses sintomas causados por um desequilíbrio na quantidade
de lágrimas ou evaporação excessiva. Os culpados? As alterações
hormonais típicas da gravidez aliadas às condições externas, como
exposição ao ar condicionado, vento, fumaça e poeira. O problema
pode ir e vir ao longo da gestação e tende a desaparecer lentamente
após o nascimento do bebê.
Até lá, você pode
contar com bons aliados para suprir as necessidades de lubrificação
dos olhos: os colírios hidratantes [lágrimas artificiais, feito com
soro]. Só não deixe de consultar o seu oftalmologista e
ginecologista antes de comprar o produto, pois existem muitos tipos
no mercado, mas nem todos eles são aconselhados para grávidas. Além
do colírio, você pode minimizar o problema evitando permanecer em
ambientes com poeira ou vento excessivo. Se você usa lentes de
contato, redobre a lubrificação dos olhos, já que elas podem
acelerar o ressecamento.
Alteração de grau
Você, gestante que usa
óculos, pode um dia se surpreender ao pegar um livro para ler e
perceber que seu companheiro já não está mais dando conta de
desembaralhar a visão. A intensa retenção de líquido e o aumento
de peso, típicos da gravidez, podem alterar a espessura e o formato
da córnea, deixando a visão distorcida.
Nesse caso, o ideal é
procurar um oftalmologista para reportar o problema e, se necessário,
ajustar as lentes para o novo grau. Do contrário, você pode sofrer
com dores de cabeça e tontura. E, convenhamos, este não é o melhor
momento para mais incômodo. Não se preocupe, porém, com o novo
grau. A condição é geralmente transitória e sua córnea volta ao
normal de sete a oito meses após o nascimento do bebê.
Machas escuras no
campo visual
O problema está
associado a uma condição comum na gravidez, a pré-eclâmpsia.
Caracterizada pelo aumento da pressão arterial, além do inchaço no
corpo, o aparecimento de manchas ou pontos pretos (chamado de
escotomas) no campo de visão estão entre as consequências da
doença. O quadro é um pouco mais grave, já que pode evoluir para
eclâmpsia e colocar em risco mãe e bebê. Para a detecção precoce
do problema, é necessário fazer, durante a gravidez, o exame de
fundo de olho, ou oftalmoscopia. Por meio de um aparelho, o médico
consegue avaliar as artérias, veias e nervos da retina.
Outra condição que
pode favorecer o aparecimento de manchas pretas na visão é a
diabetes gestacional. Nesse caso, a alteração oftalmológica está
ligada ao desequilíbrio causado pelo alto nível de açúcar no
sangue. Por isso, a consulta ao oftalmologista deve fazer parte da
rotina de saúde das grávidas logo após a concepção.
Fonte: RevistaCrescer
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