A córnea é uma estrutura
transparente localizada na parte anterior do olho. Ela permite que as imagens
do meio externo penetrem no olho e sejam captadas pela retina. Para o bom
funcionamento da córnea, é necessário que a mesma tenha transparência
satisfatória e curvatura adequada.
O transplante de córnea é
indicado quando a transparência ou a curvatura da córnea estejam alteradas, não
permitindo uma boa visão.
Ele consiste na substituição da córnea alterada por uma córnea doadora que mantenha boas condições. Atualmente temos utilizado preferencialmente a anestesia local. Em situações especiais pode ser utilizada anestesia geral.
Ele consiste na substituição da córnea alterada por uma córnea doadora que mantenha boas condições. Atualmente temos utilizado preferencialmente a anestesia local. Em situações especiais pode ser utilizada anestesia geral.
A
técnica mais utilizada atualmente para o transplante penetrante de córnea é
realizada com 16 pontos separados. Os pontos são retirados após três meses de
cirurgia e não são retirados todos de uma só vez, isto é realizado por etapas
de acordo com o astigmatismo induzido e avaliado através de topografia corneana
computadorizada.
Córnea transplantada
A cirurgia apresenta alta porcentagem de sucesso. Normalmente varia entre 80 e 90% de sucesso em situações não complicadas (de acordo com estatísticas mundiais). Em casos complicados, a taxa de sucesso pode diminuir conforme a complexidade e da patologia ocular.
Os principais riscos de um transplante de córnea são: falência primária e rejeição. Na falência primária, a córnea doada não apresenta bom funcionamento. Isto é percebido no primeiro mês pós-cirurgia. Neste caso, deve ser feita outra cirurgia. Na rejeição a córnea apresenta bom funcionamento inicial e, algum período após, o paciente pode apresentar diminuição da visão e vermelhidão ocular. É importante o diagnóstico e o tratamento precoce para a recuperação. O período crítico para rejeição é no primeiro ano. Porém, o paciente pode apresentar rejeição até quando viver. Grande parte das rejeições pode ser tratada com sucesso se forem diagnosticadas no início. Existe a possibilidade de se realizar outro transplante após a rejeição.
Após a cirurgia, deverá usar colírios de corticóide e antibiótico. Em casos especiais pode ser necessário anti-hipertensivo ocular e medicação oral. Deve-se evitar esforço físico no período de cicatrização e dormir do lado contralateral ao olho operado.
As córneas doadas passam por um processo de avaliação quanto à sua condição óptica, sendo utilizadas somente córneas que apresentem boa perspectiva para o sucesso do transplante. Mesmo assim, em alguns casos a córnea pode não funcionar adequadamente. São também realizados exames sorológicos nos doadores para descartar possíveis patologias infecciosas (HIV, Hepatite B e C).
Geralmente os resultados visuais após transplante de córnea são muito
satisfatórios. A visão do paciente depende também da integridade de outras
estruturas oculares. Após o transplante, pode levar meses para a visão atingir
seu potencial, porém após algumas semanas o paciente já poderá perceber
melhora.
O paciente deve ser submetido à uma avaliação oftalmológica completa. Quando existe uma patologia corneana, que necessite de transplante, descartando outras possibilidades terapêuticas, o paciente é inscrito. O tempo entre a inscrição e a cirurgia é em média de 1 a 2 meses.
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