Com a cirurgia a correção é alta, mas não
chega a zerar miopia, astigmatismo ou hipermetropia
Dormir de óculos, entrar sob o chuveiro com as lentes e ver tudo
embaçado ou pior: não consegue enxergar direito. Situações como essas são bem
próximas do cotidiano de quem sofre com os problemas de visão mais
comuns: hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto), miopia, (dificuldade para enxergar de longe) e astigmatismo (distorção das imagens).
Cada vez
mais comuns, as cirurgias de correção a laser acabam com os inconvenientes.
Mas, antes de se decidir, é preciso entender as diferenças entre os métodos e
ter certeza de que um deles realmente vai funcionar no seu caso. A chance de
sucesso é bastante alta, desde que o paciente seja avaliado por profissionais
qualificados.
Veja a
seguir algumas dúvidas frequentes sobre a cirurgia:
1. Quais os principais tipos de cirurgia
refrativa a laser?
São dois
os principais métodos de cirurgia de correção de gray a laser: Lasik e PRK. Existem outras opções de
cirurgias refrativas no mercado, inclusive utilizando bisturis, mas o laser
mostrou-se muito mais preciso e seguro.
2. Qual a diferença entre a cirurgia do
método Lasik e PRK?
O método
Lasik abre uma espécie de tampinha no globo ocular, trabalha direto na córnea e
depois coloca essa tampa de volta. Já o PRK remove uma camada finíssima de
células do olho, chamada epitélio, e faz o procedimento sem corte.
3. Quantos graus de miopia, astigmatismo e
hipermetropia cada método é capaz de corrigir?
O método
Lasik é capaz de corrigir até 12 graus de miopia, seis de hipermetropia e
quatro de astigmatismo. Já o método PRK, corrige até quatro graus dos três
problemas.
4. Quais os pré-requisitos para realizar a
cirurgia?
O
paciente deve ser maior de 18 anos, ter correção estável, ou seja, sem aumento
de mais de meio grau no último ano ou um grau nos últimos dois anos e não
apresentar doenças corneanas, como olhos seco. A cirurgia também não é recomendada para
pacientes com doenças autoimunes e doenças sistêmicas, como o diabetes, pois o
resultado final também depende da cicatrização. A mulher não pode estar grávida
ou amamentando e a córnea deve ter uma espessura que permita a remoção de
material sem prejudicá-la, o que é descoberto nos exames solicitados pelo
oftalmologista. Por fim, o astigmatismo do paciente deve ser saudável ou
benigno, ou seja, o formato irregular da córnea deve ser simétrico.
5. Qual tipo de anestesia utilizado em
cada método?
O pré-operatório
dos métodos é igual. O paciente recebe uma anestesia atópica, feita com
gotinhas de colírio.
6. Quanto tempo dura a cirurgia pelos dois
métodos?
O tempo
de cirurgia depende do grau do paciente. Mas, em geral, leva cerca de 15
minutos e você pode ir para casa no mesmo dia.
7. Como é o pós-operatório de cada método?
A
cirurgia feita pelo método PRK é mais desconfortável no início e apresenta uma
recuperação visual mais demorada - a visão pode ficar embaçada até duas semanas
após a cirurgia, com possibilidade dor nos primeiros três dias. Até por isso, o
primeiro método é aplicado em duas sessões, com um olho operado de cada vez. No
método Lasik, não há dor e o paciente consegue enxergar normalmente algumas
horas depois do procedimento. A claridade incomoda nos dois ou três primeiros
dias da cirurgia pelo método Lasik e pode irritar os olhos até três semanas
depois da cirurgia feita pelo método PRK. Em ambos os casos, o problema pode
ser resolvido com óculos escuros.
Já as
recomendações pós-operatório são as mesmas: utilizar colírio antibiótico
por cerca de três semanas e evitar qualquer atividade que possa causar algum
trauma na região operada e não entrar em piscinas. A cirurgia também causa
diminuição da produção de lágrimas entre três e seis meses após o procedimento.
Por isso, pacientes que sentirem secura ocular nos dias que seguirem ao da
cirurgia devem aplicar colírio lubrificante recomendado pelo médico.
8. Quais as possíveis complicações?
Toda
cirurgia, por mais simples que seja, oferece algum risco de infecção. No caso
da refrativa, a afirmação continua verdadeira, ainda que esse risco seja mínimo.
9. Como é o resultado?
Se o
pré-operatório for feito por um profissional qualificado, a cirurgia permite
que 98% dos pacientes atinjam uma visão boa o suficiente para obtenção de
carteira de habilitação sem óculos um mês após o procedimento.
10. É possível fazer a mesma cirurgia mais
de uma vez?
Até pode,
mas médico e paciente devem avaliar se os riscos de uma nova intervenção valem
a pena. Uma nova cirurgia só é indicada quando o grau residual do paciente não
permite a convivência sem os óculos. Nos demais casos, ela não é recomendada
por causa do desgaste realizado na córnea.
Fonte: Minha vida
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