terça-feira, 6 de outubro de 2015

Conhecimento é a melhor arma: entendendo a catarata

Presenciar um lindo pôr do sol, admirar o sorriso de uma criança, assistir a um filme… A visão é responsável por cerca de 80% da percepção de mundo e os olhos são os responsáveis pelo sentido da visão.

Dentro do olho há uma estrutura chamada cristalino que é transparente, deixando a luz entrar nos olhos, sensibilizando a retina. O que caracteriza a catarata é a perda de transparência do cristalino.A catarata é uma das grandes causadoras de dificuldade para realização de tarefas diárias. Então, atenção, o embaçamento da visão, dificuldade de enxergar para dirigir, confusão de cores, mudança muito frequente de óculos, esforço para diferenciar cores e interpretar a expressão das pessoas podem indicar a presença de catarata.

O principal tipo de catarata é aquele relacionado com a idade. Como a expectativa de vida da população mundial está aumentando, o número de pessoas com catarata tende a crescer. Portanto, todo paciente adulto deve passar por exame com um oftalmologista, de preferência uma vez ao ano. Muito raramente, uma catarata chamada congênita pode acontecer nos olhos de crianças. Geralmente, é detectada com o teste do olhinho.

Outras situações que podem desencadear o aparecimento da catarata são doenças crônicas mal controladas como diabetes. Traumas na cabeça ou nos olhos, uso de corticóides, cirurgias oculares prévias e passar por radioterapia também podem contribuir para o aparecimento dela.

A maioria das cataratas tem desenvolvimento lento e não perturba a visão logo no início. Mas se a visão prejudicada interferir com atividades diárias, se faz necessária a cirurgia – facectomia – que, felizmente, costuma ser um procedimento seguro e eficaz. A cirurgia é um procedimento que envolve a remoção do cristalino opacificado. No lugar do cristalino que foi removido, na maioria das vezes, é implantada uma lente intraocular. Em algumas raras situações, não se usa esta lente, a visão melhora com uso de óculos ou lentes de contato.

Atualmente, leva-se em consideração a opção cirúrgica, antes de a visão ficar comprometida demais, impedindo a participação do paciente em atividades de lazer ou que a catarata progrida demais – catarata total – porque, além de melhorar a qualidade de vida do paciente, os riscos da cirurgia diminuem consideravelmente.

Todavia, algumas pessoas poderão optar por não fazer a cirurgia, porque se dão muito bem com a ajuda de óculos ou lentes de contato e melhora da iluminação ambiente. Somente o paciente pode decidir se a catarata está afetando sua visão e sua vida o suficiente, para ser submetido ao procedimento. Se houver dúvidas quanto ao aparecimento da catarata, procure seu oftalmologista!


Fonte: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

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