Em pleno século XXI, a busca pela felicidade virou
palavra de ordem. A felicidade inclui avaliações sobre a vida de maneira geral,
no entanto, alguns fatores externos dentre os quais saude, participam deste
senso tão almejado.
A
definição de saúde possui varias implicações, sendo a compreensão
mais difundida a da Organização Mundial
da Saúde:
saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a
ausência de doenças.
A qualidade da visão é parte integral da saúde e da qualidade de
vida de todos os indivíduos. A visão é um dos mais importantes sentidos e o comprometimento dessa via
pode causar dificuldades nas habilidades de interações sociais e familiares.
Localizado
atrás da pupila, o cristalino é uma estrutura flexível, que muda de forma o
tempo todo e que atua como uma espécie de foco automático da visão. A catarata
é um problema que afeta essa estrutura, tornando opaca essa lente natural do
olho e ocasionando uma progressiva perda de visão. Segundo a Organização
Mundial da Saúde, essa doença é, globalmente, a principal causa de cegueira
possível de ser curada.
Embora
possa ter origem variada, na imensa maioria dos casos – cerca de 85% – a
catarata está associada à idade. Os avanços na técnica cirúrgica e nas lentes
artificiais implantadas permitem que
tenhamos procedimentos bem menos
invasivos, com resultados muito superiores e mais previsíveis que os obtidos no
passado.
Com o
aumento da longevidade e uma mudança nas atividades daqueles que atingem idade
mais avançada, já não basta aos pacientes com catarata uma cirurgia que lhes
devolva a capacidade de enxergar razoavelmente. Eles demandam a melhor
qualidade de visão possível.
Pra
isso, as lentes intra-ocultares ocupam parte importante nesta evolução. Depois
das primeiras lentes dobráveis, que já foram uma revolução em relação às
antigas lentes que eram introduzidas através de larga incisão, vieram as
asféricas (com melhor qualidade óptica) e, mais recentemente, as tóricas (que
corrigem o astigmatismo) e as multifocais (que corrigem a visão para a
leitura). Desta forma, além de substituir o cristalino opacificado, corrigem
problemas relativos à ametropia(grau). Com isso, a
cirurgia da catarata virou também uma cirurgia refrativa, permitindo tratar a
catarata e se aproximar da isenção de correção, ou seja, o individuo opera e
não necessita usar óculos para longe ou perto, contribuindo assim para a
melhora da qualidade de vida.
Segundo
dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma atinge até 2% da
população mundial acima dos 40 anos. A doença é a terceira causa de cegueira no
Brasil, sendo a principal causa de cegueira irreversível no mundo.
A Pressão Intraocular (PIO) continua a ser o
principal fator de risco mensurável e modificável no glaucoma e a sua redução
uma das principais armas terapêuticas.
A obtenção da normalização tensional geralmente estabiliza a
doença afastando a probabilidade de cegueira e melhorando a qualidade de vida
dos doentes e familiares.
No universo clinico contamos com um amplo
arsenal para controle da pressão, sendo as prostaglandinas tópicas as mais
potentes.
No campo cirúrgico, a cirurgia de
trabeculectomia continua sendo a abordagem mais freqüente. Os procedimentos
minimamente invasivos vem ganhando espaço como forma alternativa para controle
da pressão.
O
principal e mais desafiador objetivo do tratamento do glaucoma é manter a
qualidade de vida dos pacientes, a qual inclui a preservação da função visual.
Dr. Paulo Polisuk
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